terça-feira, 28 de setembro de 2010

BRASIL ROUBADO

Registro japonês sobre cupuaçu mostra como nossa biodiversidade está em perigo.

Não é de hoje: estrangeiros infiltram-se em nossas florestas, descobrem tesouros valiosíssimos no contato com comunidades tradicionais e levam-nos embora, para então ganhar rios de dinheiro. O registro da marca “Cupuaçu” pela empresa japonesa Asahi Foods foi o caso mais recente. Por ser baseado no nome de uma fruta, esse registro é ilegal e já foram tomadas as ações jurídicas necessárias para revogá-lo. “A chance de ganharmos é grande, mas esse é um problema que vai acontecer cada vez mais”, alerta Christian Wiesenthal, advogado especialista em meio ambiente e propriedade intelectual da Sicherle Advogados, em São Paulo.
A questão é complexa: há dois acordos internacionais registrando o assunto. Um é o Tratado Internacional Sobre a Propriedade Intelectual, em vigor desde 1995 nos países da Organização Mundial de Comércio e o outro é a Convenção da Diversidade Biológica, firmada na Rio-92.O Governo brasileiro tenta mudar o acordo do Tratado Internacional Sobre a Propriedade Intelectual nos órgãos internacionais, para torná-lo compatível com a Convenção da Diversidade Biológica,. Mas a briga é de foice: de um lado estão os países com a riqueza biológica e, do outro, os que tem mais dinheiro para pesquisa e, assim, conseguem registrar primeiro as patentes. Nós já perdemos essa corrida faz tempos, diz Wiesenthal. São milhões de dólares em royalties que nunca vamos ver, feitos a partir de produtos de nossa fauna e flora. É por esse motivo que, para as autoridade no assunto, não adianta apenas lutar para reverter as patentes concedidas. Precisamos investir em nossos institutos de pesquisa e, assim, chegar antes dos estrangeiros na corrida pelos registros. Ou então, vamos ficar a ver navios de biopiratas roubando nosso patrimônio.
POR Débora Mamber
Fonte: Revista Terra, nº 11, edição 139, Nov-2003, pág. 19

10 comentários:

jan disse...

qual é meu tema?

Anônimo disse...

O Brasil deveria se preocupar um tanto mais com as ações internacionais que estão há tratar da nossa cultura, o certo seria preservar para termos algo que pudéssemos nos orgulhar futuramente no futuro.

Unknown disse...

Isso é meio que culpa nossa, porque hoje em dia estamos nos preocupando menos com o que esta ao nosso redor, e quem esta de fora estão vendo nosso discaso e estão aproveitando para surrupiar a nossas riquezas e também é culpa dos governantes que não investe em pesquisas a Diversidade Biológica das nossas florestas.

Pedro Dahora disse...

Interessante.

victor hugo I-E disse...

O brasil deveria se importa mas com a invasão desses estrangeiros nas florestas brasileiras,porque com o desmatamento das nossas florestas o nosso país vai perdendo os recursos naturais.

Miriam disse...

Para Jan : Vc deve procurar com su-as colegas -Helena ou Malena a cópia do Projeto, fotocopiar e juntar-se a equipe par participar da realização.
Danilo: preservar com responsabilidade sim e não colocar tudo numa redoma de vidro para a posteridade.
Pedro: Mais o que é interessante mesmo?!?!
Victor Hugo: cuidado com o Português, ele esta pegando vc (Brasil, letra minúscula; importar, infinitivo.
Qual a relação das "invasores estrangeiros..." com desmatamento? Explique-me por favor.

Bjs, pró Miriam

Anônimo disse...

Já bastava ser roubado pelos políticos, agora ainda pelos estrangeiros, nosso país se aproveitasse o que tem nosso capital seria bem maior, mesmo com essa roubalheira toda, deveriamos tomar conta do que é nosso e aproveitar. Já que não temos esse royalties nem dólares, poderiamos nos juntar com quem pode, mesmo assim dividindo estariamos saindo bem, pois íamos estar aproveitando toda nossas terras

Vinny Bahia I G

Anônimo disse...

O roubo de sementes de seringueira é apresentado até hoje como o mais grave caso de biopirataria da história da Amazônia. O inglês Henry Wickham, que ganharia título de nobreza pela façanha, é acusado de contrabandear para a Inglaterra duas toneladas de sementes da Hevea Brasiliensis.

Aclimatadas em Londres, foram plantadas na Ásia. O plantio deu tão certo que a Amazônia, fornecedora monopolista de borracha na transição do século 19 para o 20, foi para o rabo da fila dos produtores e nunca mais recuperou a antiga posição. O Brasil deixou de ser auto-suficiente e a Amazônia nem é produtora significativa no mercado interno. Tudo por culpa de um inglês astuto e imoral.

A indignação de hoje é a mesma de quase um século atrás, quando as colônias asiáticas das potências européias passaram a inundar o mundo com borracha incomparavelmente mais barata e abundante.

ADRIANA VAZ 1ºG

Anônimo disse...

• O tráfico de animais silvestres movimenta aproximadamente 1,5 bilhões de dólares por ano no Brasil;
• Só 10% dos 38 milhões de animais capturados ilegalmente por ano no Brasil, chegam a ser comercializados, os 90% restantes morrem por más condições de transporte;
• Uma arara-azul pode chegar a valer 60.000 dólares no mercado internacional;
• A internet é um dos meios mais utilizados para a venda ilegal de animais silvestres;
• A pena para os traficantes é de seis meses a um ano de prisão, além de multas de até 5.500 reais por exemplar apreendido;
• No mercado mundial de medicamentos 30% dos remédios são de origem vegetal e 10% de origem animal;
• Estima-se que 25 mil espécies de plantas sejam usadas para a produção de medicamentos;
• A falta de fiscalização e controle das espécies nativas abre as portas para a biopirataria e dá ao Brasil um prejuízo diário de US$ 16 milhões.
AÇAÍ É o fruto de uma palmeira nativa da região amazônica e vem sendo bastante explorado por apresentar alto valor gastronômico e nutricional, causando um aumento significativo na procura do produto. Tantas utilidades despertaram o interesse de algumas empresas estrangeiras (Européia, Japonesa e Americana), que registraram marcas como “Açaí Power”, “Amazon Açaí” e “Acaí”. Utilidades do Açaí: Sorvetes Sucos Licor e etc
ADRIANA VAZ 1ºG

Miriam Bispo disse...

Estou fechando este espaçopara a postagem da atividade que teve como prazo limite do dia 22/10/2010
Um ab, Pró Miriam